A POBREZA E O PROCESSO DE BUSCA DA FELICIDADE

FELICIDADE... É ALGO MAIS!
Série Cultivando a Felicidade


Ana Maria Louzada [1]
Por Inspiração Divina | Refletindo a Paz

No post anterior, discutimos sobre as implicações da riqueza no processo de conquista da felicidade. Hoje discorreremos sobre os aspectos da pobreza que enobrece o nosso Ser, nos possibilitando adentrar ao Mundo Celestial habitado pelos Espíritos regenerados. Mundo onde reina a Felicidade.

Pois bem, em muitas situações a pobreza também tem o propósito de nos experimentar moralmente. 
  • Segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, enquanto a riqueza constitui para alguns, um meio de provar a caridade e a abnegação, para outros a pobreza é prova de paciência e resignação. [2]
Paciência no sentido de calma e perseverança para vencer os obstáculos e resignação na perspectiva de não lamuriar.

Quando entendemos os motivos pelos quais reencarnamos em situações de pobreza material, compreensão que a Doutrina Espírita nos proporciona, iniciamos uma jornada menos penosa, tendo em vista, que a mesma passa a ser compreendida como um estado de ser terreno numa dimensão provisória, que se bem vivida, pode ser um instrumento poderoso para a conquista da tão almejada Felicidade.

Bem vivida, significa viver as provações da pobreza material como pessoa de bem

Viver bem, como pessoa de Bem, pressupõe paciência e resignação, que por sua vez, exigem alguns cuidados fundamentais, dentre os quais os que qualificam a nossa emancipação espiritual.

Estamos falando que na jornada de pobreza, também precisamos cuidar dos aspectos relacionamos ao ao nosso Ser (nossa alma), com foco nas experiências de amor, de gratidão, de compaixão, dentre outras, que revelam a prática do bem-querer.

A pobreza terrena, geralmente nos submete  à fome, sede e frio, que provocam doenças no corpo físico e emocional, o que muitas vezes, nos aprisiona às mais severas situações, como: raiva, revolta, inveja, rancor, dentre outras, que deterioram a saúde do corpo espiritual.

Mas, quando entendemos que não é por acaso que a pobreza ainda existe em nosso planeta terreno, uma vez que o mesmo é um tempo espaço de provas e expiações, compreendemos que a mesma pode ser para alguns um meio de provação e para outros um instrumento de expiação.

Por isso, é muito importante que saibamos exercitar a paciência, buscando caminhos e possibilidades de garantia das necessidade básicas terrenas e espirituais, bem como, cultivar a resignação, olhando os aspectos positivos de cada experiência vivida.

Quando falamos sobre a busca por garantia das necessidades básicas, estamos salientando as lutas por melhores condições de vida para a comunidade em que vivemos.

Por isso, estamos nos referindo à uma paciência que não se acomoda, mas que, aliada à calma e à perseverança não se esmorece frente aos desafios da pobreza, pois o nosso foco se concentra numa calma questionadora e acolhedora, que não deixa pra depois o que deve ser feito imediatamente, mas que suporta as condições de vida, sem reclamações levianas.

É complexo, mas compreender esses desafios (provações e expiações) nos impulsiona a viver o ponto mais instigador da pobreza que é a resignação, pois nessa condição, a falta de paciência e a lamúria pode interromper o percurso que nos leva à Felicidade.

Quando entendemos a pobreza como um instrumento de emancipação espiritual, procuramos vivê-la desprovidos das comparações que comumente fazemos em relação à riqueza material.

À medida que vamos superando os desafios e nos espelhando na riqueza espiritual, com foco no amor, na gratidão, na alegria e na paz, aprendemos que precisamos ter: 
  • Amor pela vida, pois essa é a vida que precisamos para sermos felizes.
  • Gratidão pelas experiências vividas, porque são essas vivências que nos proporcionam a senha para a Felicidade.
  • Alegria de viver essa vida, tendo em vista que tudo é programado para o nosso bem.
  • Paz no coração, porque ansiedade, revoltas e angústias atrapalham o processo de desbravamento das provações e expiações, necessárias à nossa emancipação espiritual.

Sabemos que muitas vezes (ou quase sempre) nos deparamos com uma pobreza cruel. Mas se nela estamos inseridos, precisamos vencê-la, e, para tanto, necessário se faz nos livrarmos da revolta, da autopiedade, e, também, da ambição, da avareza, do orgulho, da inveja e de outras perversidades, que possivelmente nos ancoramos para prover a riqueza terrena em detrimento da riqueza moral (espiritual).

A pobreza, que produz esses tipos de sentimentos se corrompe, porque desconsidera os bens espirituais, sendo esses, os únicos que nos permitem conhecer a FELICIDADE.

[1]Mestre em Educação, Orientadora Educacional, Palestrante
[2]Não se pode servir a Deus e a Mamon, cap. XVI (ESE)

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