A POBREZA E A RIQUEZA: PROVAÇÕES COTIDIANAS
“Para uns, a pobreza é a prova da paciência e
da resignação; para outros, a riqueza é a prova da caridade e da abnegação”.[1]
Tanto a
riqueza quanto a pobreza são experiências que nos fortalecem moralmente e
espiritualmente quando vivenciadas em sua plenitude.
Viver as
referidas experiências, de pobreza e de riqueza em sua plenitude, pressupõe compreender o sentido de abnegação, caridade, paciência e resignação.
Quando uma pessoa demonstra abnegação, ela desiste de algum comportamento
ou alguma coisa, demonstrando uma
forma de desapego, como por exemplo, o ato de ignorar os seus próprios
interesses. Abnegação revela sentimentos de altruísmo, que por sua vez, evidencia uma
atitude de generosidade em relação a algo ou alguém. Indica uma atitude de amor ao próximo e ausência de egoísmo. Uma pessoa
altruísta é aquela que pensa nos outros antes de pensar em si própria.
Em relação ao estado de resignação, podemos destacar o sentido de aceitação de uma condição imposta por
parte de alguém ou algo. A resignação bem vivenciada precisa interagir com o sentido de resiliência, tendo em vista a importância da ação de mudar ou transformar algo,
de acordo com a vontade do indivíduo. O
indivíduo deve apresentar a união da resignação e da resiliência para atingir a
evolução espiritual, pois a resignação é responsável por suportar os momentos difíceis
que todas as pessoas enfrentam na vida, e a resiliência evidencia o estímulo para nunca perder
a fé e a esperança de um futuro melhor.
Tais questões indicam que precisamos viver cada experiência tanto de resignação como de abnegação com
sublimes pensamentos. Precisamos cuidar do que falamos sobre as pessoas com as
quais convivemos, bem como, viver ações que fortalecem a nossa caminhada.
Quando vivemos experiências de riqueza, precisamos cuidar dos nossos
sentimentos que muitas vezes nos instigam a pensamentos que enfraquecem atitudes
de caridade e empobrecem as palavras que proferimos em nosso dia a dia, comprometendo
o nosso processo de abnegação.
Outras vezes vivenciamos experiências de pobreza e não as compreendemos,
de modo que perdemos a oportunidade do exercício da paciência e da
perseverança, bem como da resignação.
Como
podemos ver, tanto a riqueza quanto a pobreza, do
ponto de vista espiritual são experiências que nos fortalecem, são provações que precisam ser compreendidas.
Ambas
precisam ser vividas de modo que possamos nos emancipar, pelo princípio da
caridade, do amor ao próximo, como também pela importância das lutas que
podemos fazer em prol da melhoria de vida de todos e todas, como por exemplo, quando promovemos
debates sobre Políticas Públicas de qualidade para a nossa comunidade.
Caridade nesse sentido,
não se limita à doações, mas também a busca por melhores condições de vida, na
qual também podemos denominar de solidariedade
Vale dizer
também, que a resignação não se limita ao conformismo, pois se pauta no
reconhecimento do nosso processo de provação. Por isso, ao vivermos experiências
desafiadoras não é prudente cairmos na armadilha das lamúrias, mas a partir da
situação vivida, procurarmos melhorar o tempo espaço em que vivemos.
Dentre as
diversas análises que podemos fazer sobre esse tema, podemos destacar que a caridade
e a abnegação no processo de experiências de riquezas se revelam provações
sobre a nossa conduta cotidiana, sobre o que andamos fazendo com o que temos, tendo em vista que a abnegação pressupõe desapego material, bem como, rompimento com o egoísmo e com a avareza com vistas a felicidade das pessoas com as quais convivemos.
Como podemos perceber, tanto a riqueza quanto a pobreza são experiências
que nos fortalecem moralmente e espiritualmente quando vivenciadas em sua
plenitude.
Fonte
Ana Maria Louzada | Por
Inspiração Divina
Amor, Gratidão, Alegria e PazFonte
[1]
ESE, Cap. XVI,
Não se pode servir a Deus e a Mamon, p. 319
https://www.significados.com.br/abnegacao
https://www.significados.com.br/altruismo
https://www.significados.com.br/resignacao
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